O homem que amava as gaivotas...
E porque elas pararam de brincar com ele...
Uma estória sobre a futilidade de ir atrás de felicidade...
Era uma vez um homem que vivia na praia e amava as gaivotas. Todas as manhãs ele descia até o mar para passear com as gaivotas. E mais centenas de pássaros vinham brincar com ele. Um dia seu pai lhe disse: “Eu ouço as gaivotas ao seu redor. Passeando com você – traga algumas para brincar comigo.” No dia seguinte, quando ele foi até o mar, as gaivotas dançavam acima dele... e não desceram.
O maior segredo da vida – e lembre-se disto sempre – é que a vida é uma dádiva. Em primeiro lugar você não a mereceu. Não é um direito seu. Ela foi lhe dada, você não a mereceu. Quando você compreender isso, muitas coisas ficarão claras.
Se a vida é uma dádiva, então tudo que pertence a vida é uma dádiva. Felicidade, amor, meditação – tudo o que é belo também é uma dádiva do sagrado do todo.
Você pode ser feliz, mas não existe nada que garanta isso como um direito seu. Se você pensa que é um direito seu, continua sem alcançá-lo, porque desde o começo está olhando na direção errada.
Porque é assim, porque a vida é uma dádiva, tudo o que pertence e é intrínseco a ela será uma dádiva também. Você pode ser receptivo a ela, pode se entregar a ela, aguardando, paciente; mas não pode exigir, não pode forçar.
O que você faz quando quer dormir? Não faz nada, simplesmente espera, num estado de espírito relaxado. Simplesmente deixa que o sono venha - não pode forçá-lo. Não pode exigir, não pode dizer: “venha sono, venha”!
Quando você procura demais, acaba se fechando; a própria tensão da procura e da busca o fecha. Quando você deseja demais, o próprio desejo se torna um estado tão tenso que a felicidade não consegue penetrar em você. A felicidade penetra em você do mesmo modo que o sono quando você se desliga, quando se entrega, quando simplesmente espera, eles vêm.
Na verdade dizer que eles vêm não é certo eles já estão lá. Num ato de entrega você os vê e sente, porque está relaxado. No relaxamento você se torna muito sensível – e a felicidade é a coisa mais sutil possível, a mais sutil, a verdadeira nata da vida, a essência. Quando você está relaxado, numa entrega total, não fazendo nada, não indo a lugar algum, sendo não como uma flecha, mas sim como um arco, relaxado, sem tensão – ela aparece.
A felicidade sempre esteve perto de você, mas você não estava lá. Você estava pensando em algum lugar do futuro: - tenho que alcançar um alvo, conquistar a felicidade, praticar o contentamento. Você estava no futuro e a felicidade estava bem aqui ao seu redor com a fragrância de uma flor.
Sinta mais, pense menos, e aos poucos você verá que, quanto mais sente, mais relaxado você fica. Quanto mais você sente, mais ciente se torna do segredo da vida: estar disponível.
“Era uma vez um homem que amava as gaivotas...”
O amor é o verdadeiro centro de todos os sentimentos; o amor é a alma de todos os sentimentos. Todos os sentimentos dependem do amor.
Se você ama todos os sentimentos aparecem: raiva e ódio também fazem parte do amor. Quando você ama, fica feliz, mas também fica triste.
Dizem que alguém pediu a Santo Agostinho: “diga-me numa frase simples, a mensagem total de Cristo, porque eu sou um homem ignorante e não consigo entender as sutilezas da teologia”. Dizem que Santo Agostinho fechou os olhos e meditou; em seguida disse: então só há uma coisa a fazer – ame e tudo o mais será conseqüência.
Extraído do livro: O homem que amava as gaivotas – Osho.
Estamos dividindo um pouco com vocês a riqueza deste capítulo e queremos fazer algumas reflexões:
Quem são as minhas gaivotas?
O que eu faço desperta em mim amor?
Amo as crianças?
Amo o que eu faço?
Amo a minha criança interior?
Penso na felicidade?
Para mim a felicidade é...
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